Rodovia PE 145. Meus olhos sorriem por ver a mata tão verde. O carro vai comendo o asfalto e entrando num mundo mítico, em que tudo parece se mover mais lentamente. O caminho cheio de algarobas me traz um tempo guardado lá nos becos da alma. Cada senhor esguio com chapéu na cabeça e rosto avermelhado de sol era Manoel Bento. As senhoras de vestido estampado, as crianças com sombrinhas pra se proteger do sol, os meninos nas bicicletas...
Uma parada pra comprar água. Observo uma vendinha com muitas garrafas espremidas nas prateleiras de madeira escura e faço pose de forasteira. Ninguém nota a facilidade com que caminho naquele chão.
O granito cortando a terra, brotando no meio das plantas, ao lado das casas, no terreiro em frente ao vilarejo, escorando a árvore... quem nasceu em solo massapê não sabe o que é brincar nas pedras! Mais tarde, quando as sombras vão encompridando e bate aquele primeiro vento frio, é tão bom reencontrar velhas amigas no céu. Brilhos que a cidade grande, com toda a sua luz, ofusca. Alívo em saber que mesmo se passando tanto anos elas continuam no mesmo lugar.
Corro a vista ao redor depois que o sol dorme. As rochas da serra se transformam em gigantescas figuras negras e isto longe de me causar estranheza, me acalenta e me guarda. Não esqueço que também posso ser assustadora pra quem não está acostumado.
Uma parada pra comprar água. Observo uma vendinha com muitas garrafas espremidas nas prateleiras de madeira escura e faço pose de forasteira. Ninguém nota a facilidade com que caminho naquele chão.
O granito cortando a terra, brotando no meio das plantas, ao lado das casas, no terreiro em frente ao vilarejo, escorando a árvore... quem nasceu em solo massapê não sabe o que é brincar nas pedras! Mais tarde, quando as sombras vão encompridando e bate aquele primeiro vento frio, é tão bom reencontrar velhas amigas no céu. Brilhos que a cidade grande, com toda a sua luz, ofusca. Alívo em saber que mesmo se passando tanto anos elas continuam no mesmo lugar.
Corro a vista ao redor depois que o sol dorme. As rochas da serra se transformam em gigantescas figuras negras e isto longe de me causar estranheza, me acalenta e me guarda. Não esqueço que também posso ser assustadora pra quem não está acostumado.