segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

me beslica que eu tô sonhando!


Como uma pessoa pode se transformar de maneira irreversível? Não foi de repente. Lembro bem. Fazendo uma retrospectiva, acho que levou de cinco a seis anos para que esse estágio fosse atingido: Alguém que pensa de maneira torta, e se arrasta como se tivesse 180 quilos. Alguém que vai curvando como vara de bambu...
E tudo isso sem derramar uma mísera lágrima sequer. Chego a sentir saudades do tempo em que até o sorvete que caia no chão era motivo para xingamentos, lágrimas de desespero e ações rápidas. Hoje alguma coisa ainda me abala, mas não consigo demonstrar. Eu fiquei sentimentalmente afônica, sem voz, sem vontades, sem coisa alguma. Me alimento dos sentimentos de outras pessoas, me cerco de pessoas passionais e acho graça (não de maneira zombeteira) das pirações alheias. Confesso até que queria sentir vontade de botar a chinelinha de dedo, rodar 3 vezes no próprio eixo e mandar todo mundo pro inferno. Mas me falta ânimo. Desaprendi. Preciso de um café bem forte ou um martini very dry!
Meus olhos sem lágrimas preocupam algumas pessoas e agora começam a me preoculpar.

Será que eu não estou imaginando tudo isso? Um sonho daqueles bem verdadeiros e intensos? E na verdade eu estou deitada na minha cama, o despertador ainda não tocou pra eu ir ao colégio...
Eu vou acordar com o cabelo desgrenhado. Morta de sono.
Imaginando que tenho todo o tempo do mundo pra ajeitar as coisas e posso me dar ao luxo de vadiar um pouco pensando se vou encontar aquele paquerinha do ônibus.
Porque ainda não acordei? Vixe que demora!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

só nun tem remédio pra morte...

Renatinha disse...

Belisco, e belisco forte pra ver se choras. E oferto meu vestido pra enxugar. E depois, meus cabelos pra puxares, se quiseres. E um carro-de-mão pra ajudar nos 180 quilos...Agora vê se compra outro despertador e vamos logo, que eu já tô de farda e vou estudando no caminho. Quando o sinal tocar, a gente dá uma pressinha pra dar tempo de tomar um sorvete. Amo você. =*

Anônimo disse...

Como você era antes eu não sei dizer, mas o que conheço, agora (lendo seu blogue), é uma mulher inteligente, perspicaz e, acima de tudo, muito interessante. Escreva mais

Paranóia Ululante disse...

AHASAAA, vivine!