sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"parabéns, mamãe. é uma sagitariana!"


Quando eu falei que aprendo muito com ela por perto. Recebi uma resposta bem típica: “Eu tb aprendo com vc... Aprendo a ser quenga!” depois várias linhas de risos (kkkkk)...
Do que eu estou aprendendo não vou falar da praticidade, nem das suas tiradas escandalosas e perfeitas, muito menos da poesia que corre nas veias...
Numa noite dessas reclamei da nossa incapacidade de perceber o tesouro daqueles momentos que passavam e que depois só nos martirizamos porque eles não foram eternizados... E completei: “Como eu queria ter consciência que aqueles dias eram singulares. Que não eram como qualquer outro e que anos depois eu iria me lembrar e lametar não ter tido a consciência na hora.”
Ela me disse: “Eu sempre tive! Lembro, por exemplo, de chegarmos em casa depois do colégio quando D. Zulmira (minha vó) dizia ‘Vamos almoçar!’. Sabia do quão especial eram aquelas tardes...” Eu baixei a cabeça meio boba, meio com raiva de mim.
E houve outras coisas mais que me fizeram pensar em como eu não percebia. Eu estava tão absorvida de mim e da minha vida que não sentia as pequenas maravilhas ao meu redor.
Depois daquilo vejo os dias tão diferentes, às vezes pareço estar distante... dou aquele meio-sorriso e quando alguém pergunta no que eu estou pensando, eu sempre respondo “nada não...”.
Na verdade eu tô eternizando aquela visão, os sons, a luz naquele momento e guardando na lembrança pra eu nunca mais perder.
Isso eu aprendi com vc, Tam.
Obrigada por tudo! Feliz aniversário!!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Eita PORRA!
O OINHOS DO MENINO cheio de lágrimas.
Difícil é não eternizar os momentos com vc! risos, escandalos, sensações divididas compartilhadas...
Mas quando voltar do verão falo melhor.

Paranóia Ululante disse...

Sábado eu lembrei muito da minha vó, e de mim, sentada no mesmo sofá, na mesma posição, dez anos atrás.. coisas que eu sei.


muito bonito isso e vontade de que vá embora nunca.


beijo..

O comendador disse...

Infelizmente, não dá para fazer comentários a respeito.É muito pessoal. Mas, particularmente, acho que há uma luz diferente nas pessoas que poem à mesa para nós e nas circunstâncias em torno. Mais: há uma luz diferente maqueles que nos servem. Desde criança sempre achei que amor estava ligado ao servir. E não é papo de espírito natalino.

Renatinha disse...

Muito bonito isso q escreveste. Primeiro por concordar com os elogios à "especiaria" em questão. Mas por fazer refletir sobre a importância do presente, esse tempo a que a gente dá tão pouca importância. E sempre se arrepende no futuro, quando ele já é passado. Tb tenho tentado registrar esse aqui-e-agora de forma mais cuidadosa. Até porque é um jeito de ser feliz. "Carpe diem"; "só por hoje"; "não deixe pra amanhã...". =*