Quando eu falei que aprendo muito com ela por perto. Recebi uma resposta bem típica: “Eu tb aprendo com vc... Aprendo a ser quenga!” depois várias linhas de risos (kkkkk)...
Do que eu estou aprendendo não vou falar da praticidade, nem das suas tiradas escandalosas e perfeitas, muito menos da poesia que corre nas veias...
Numa noite dessas reclamei da nossa incapacidade de perceber o tesouro daqueles momentos que passavam e que depois só nos martirizamos porque eles não foram eternizados... E completei: “Como eu queria ter consciência que aqueles dias eram singulares. Que não eram como qualquer outro e que anos depois eu iria me lembrar e lametar não ter tido a consciência na hora.”
Ela me disse: “Eu sempre tive! Lembro, por exemplo, de chegarmos em casa depois do colégio quando D. Zulmira (minha vó) dizia ‘Vamos almoçar!’. Sabia do quão especial eram aquelas tardes...” Eu baixei a cabeça meio boba, meio com raiva de mim.
E houve outras coisas mais que me fizeram pensar em como eu não percebia. Eu estava tão absorvida de mim e da minha vida que não sentia as pequenas maravilhas ao meu redor.
Depois daquilo vejo os dias tão diferentes, às vezes pareço estar distante... dou aquele meio-sorriso e quando alguém pergunta no que eu estou pensando, eu sempre respondo “nada não...”.
Na verdade eu tô eternizando aquela visão, os sons, a luz naquele momento e guardando na lembrança pra eu nunca mais perder.
Isso eu aprendi com vc, Tam.
Obrigada por tudo! Feliz aniversário!!!!
Do que eu estou aprendendo não vou falar da praticidade, nem das suas tiradas escandalosas e perfeitas, muito menos da poesia que corre nas veias...
Numa noite dessas reclamei da nossa incapacidade de perceber o tesouro daqueles momentos que passavam e que depois só nos martirizamos porque eles não foram eternizados... E completei: “Como eu queria ter consciência que aqueles dias eram singulares. Que não eram como qualquer outro e que anos depois eu iria me lembrar e lametar não ter tido a consciência na hora.”
Ela me disse: “Eu sempre tive! Lembro, por exemplo, de chegarmos em casa depois do colégio quando D. Zulmira (minha vó) dizia ‘Vamos almoçar!’. Sabia do quão especial eram aquelas tardes...” Eu baixei a cabeça meio boba, meio com raiva de mim.
E houve outras coisas mais que me fizeram pensar em como eu não percebia. Eu estava tão absorvida de mim e da minha vida que não sentia as pequenas maravilhas ao meu redor.
Depois daquilo vejo os dias tão diferentes, às vezes pareço estar distante... dou aquele meio-sorriso e quando alguém pergunta no que eu estou pensando, eu sempre respondo “nada não...”.
Na verdade eu tô eternizando aquela visão, os sons, a luz naquele momento e guardando na lembrança pra eu nunca mais perder.
Isso eu aprendi com vc, Tam.
Obrigada por tudo! Feliz aniversário!!!!
4 comentários:
Eita PORRA!
O OINHOS DO MENINO cheio de lágrimas.
Difícil é não eternizar os momentos com vc! risos, escandalos, sensações divididas compartilhadas...
Mas quando voltar do verão falo melhor.
Sábado eu lembrei muito da minha vó, e de mim, sentada no mesmo sofá, na mesma posição, dez anos atrás.. coisas que eu sei.
muito bonito isso e vontade de que vá embora nunca.
beijo..
Infelizmente, não dá para fazer comentários a respeito.É muito pessoal. Mas, particularmente, acho que há uma luz diferente nas pessoas que poem à mesa para nós e nas circunstâncias em torno. Mais: há uma luz diferente maqueles que nos servem. Desde criança sempre achei que amor estava ligado ao servir. E não é papo de espírito natalino.
Muito bonito isso q escreveste. Primeiro por concordar com os elogios à "especiaria" em questão. Mas por fazer refletir sobre a importância do presente, esse tempo a que a gente dá tão pouca importância. E sempre se arrepende no futuro, quando ele já é passado. Tb tenho tentado registrar esse aqui-e-agora de forma mais cuidadosa. Até porque é um jeito de ser feliz. "Carpe diem"; "só por hoje"; "não deixe pra amanhã...". =*
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